Uma guerra protagonizada por soldados-robôs pode estar menos
distante da realidade do que pensamos. Reunidos
em Genebra para a Convenção sobre Certas Armas Convencionais agora em novembro,
118 países concordaram em continuar as discussões sobre os “sistemas autônomos
de armas letais”, no momento apenas uma possibilidade tecnológica. As armas-robôs,
assassinos tecnológicos que nos remetem ao “Exterminador do Futuro”, ainda não
existem, mas a tecnologia está se movendo rapidamente em direção à crescente
autonomia.
"Ao continuar as negociações, os países estão
reconhecendo as muitas questões levantadas pela guerra autônoma, mas a
tecnologia está se movendo mais rápido do que a resposta internacional",
disse Mary Wareham, diretora da Human Rights Watch e coordenadora da campanha
para acabar com os robôs assassinos, segundo texto publicado no site da
entidade. "Essas negociações devem conduzir a um novo tratado
internacional para garantir que os seres humanos mantenham o controle das
decisões de segmentação e de ataque."
Países conhecidos como líderes nas pesquisas de armamentos
autônomos, como EUA, China, Israel, Rússia, Coreia do Sul e Reino Unido, participam
das conversas. Adotada em 1980, a convenção-quadro contém cinco protocolos. O
objetivo da HRW agora é “banir ou restringir” o uso de armas especificas que
podem causar sofrimento desnecessário ou injustificado a combatentes e afetar
civis. A lista inclui minas, lasers que cegam e robôs-assassinos.
Em tese, robôs que possam subir uma escada ou sejam capazes
de operar ferramentas podem manejar um fuzil ou operar outras armas e equipamentos
militares, adverte o pesquisador de robótica Illah Nourbakhsh. O pior, porém, pode ser o efeito
apontado pelo general norte-americano Stanley McCristall ao programa BBC Today
Program: o risco de uma guerra fácil, sem risco e antisséptica.
# posted by Wilson Tosta @ 6:00 AM