Monday, November 17, 2014

 

UMA GUERRA DE AUTÔMATOS

Uma guerra protagonizada por soldados-robôs pode estar menos distante da realidade do que pensamos.  Reunidos em Genebra para a Convenção sobre Certas Armas Convencionais agora em novembro, 118 países concordaram em continuar as discussões sobre os “sistemas autônomos de armas letais”, no momento apenas uma possibilidade tecnológica. As armas-robôs, assassinos tecnológicos que nos remetem ao “Exterminador do Futuro”, ainda não existem, mas a tecnologia está se movendo rapidamente em direção à crescente autonomia.
"Ao continuar as negociações, os países estão reconhecendo as muitas questões levantadas pela guerra autônoma, mas a tecnologia está se movendo mais rápido do que a resposta internacional", disse Mary Wareham, diretora da Human Rights Watch e coordenadora da campanha para acabar com os robôs assassinos, segundo texto publicado no site da entidade. "Essas negociações devem conduzir a um novo tratado internacional para garantir que os seres humanos mantenham o controle das decisões de segmentação e de ataque."
Países conhecidos como líderes nas pesquisas de armamentos autônomos, como EUA, China, Israel, Rússia, Coreia do Sul e Reino Unido, participam das conversas. Adotada em 1980, a convenção-quadro contém cinco protocolos. O objetivo da HRW agora é “banir ou restringir” o uso de armas especificas que podem causar sofrimento desnecessário ou injustificado a combatentes e afetar civis. A lista inclui minas, lasers que cegam e robôs-assassinos.

Em tese, robôs que possam subir uma escada ou sejam capazes de operar ferramentas podem manejar um fuzil ou operar outras armas e equipamentos militares, adverte o pesquisador de robótica Illah Nourbakhsh. O pior, porém, pode ser o efeito apontado pelo general norte-americano Stanley McCristall ao programa BBC Today Program: o risco de uma guerra fácil, sem risco e antisséptica.

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