Saturday, August 26, 2006

 


REALISMO SOCIALISTA: Em visita de trabalho a Volta Redonda, cobrindo a campanha de Heloísa Helena (PSOL) para presidente, na semana passada, encontrei uma cidade muito diferente daquela que conheci em 1988, quando acompanhei os últimos dias da greve que resultou no assassinato de três trabalhadores durante invasão da CSN pelo Exército. Encontrei um município não necessariamente melhor do que o dos anos 80, com shopping centers (e tudo de bom e ruim que eles trazem), ruas limpas, camelotagem (ainda que mais organizada que na capital) e até um lugar, a Praça do Urro, onde agora se reúnem os muitos desempregados do local. Não vi nas ruas uma só pessoa com o uniforme da siderúrgica, imagem comum no passado. No carro de som à porta da Usina Presidente Vargas, Heloísa e seus seguidores vociferaram para uma classe operária que, aparentemente, não existe mais, pelo menos na quantidade e nos sonhos do passado. Achei fria a recepção à candidata,diferentemente, por exemplo, do que testemunhei em Nova Iguaçu, onde eleitores em fúria abriam caminho na multidão para abraçá-la e beijá-la. Diante do novo cenário de VR, a aparente indiferença, para mim,não foi surpresa.

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